#PlaylistDaSemana (14/05)

Descobertas da Semana

1. Heart Attack (por Monday)

O aniversário é da nene mas a gente que ganhou presente! Pelo menos aquele inferno de empresa ainda deixa postar covers no niver, né. Enfim, focando nas coisas boas! Como a voz da Monday, pelo amor de Deus!! Uma das maiores da 4th gen (e do kpop), apenas. Lembram quando ela subiu uma nota já alta no meio de uma apresentação porque “tava entediada”? Ou os covers casuais de Adele e Whitney Houston? Ícone faz assim. Tive que usar esse espaço pra exaltar a nene, okay, ela merece. E o throwback dessa música, né (literalmente uma década, eu fui checar).

2. Bright Sadness (por Sleeping at Last)

Ai, a ironia. Sem querer fazendo um momento de dia das mães aqui, porque essa vem de um álbum que ele dedicou à mãe, já que surgiu do processo de luto ao perdê-la. Na descrição do vídeo, ele até comenta que tinha outras músicas pra trabalhar na época, mas só conseguia processar seus sentimentos assim (entendo muito porque tenho essa mesma conexão com a escrita), então precisou dar espaço pra essas canções escaparem dele. Eu talvez não esteja no momento mais adequado pra entender o lugar de onde vem essa inspiração, e provavelmente por isso a música não me arrebatou tanto, mas nunca deixo de apreciar as letras dele. Ai, como não se encantar com “but my daughters' collection of broken shells / teach me i can still learn lessons if i let myself // mas a coleção de conchas quebradas da minha filha / me ensina que eu ainda posso aprender lições se eu me permitir”? E como ele vai falando sobre lutar contra a maré impiedosa que é a dor e a tristeza do luto, para finalizar se deixando confiar no que aconteceu e acontece, e ver a maré de sentimentos como uma força que pode trazer bem também. Sinceramente, vale uma checada nos comentários de como essa música foi construída, os detalhes engrandecem o sentimento - e talvez seja um mérito próprio ter uma música tão profundamente pessoal e que se comunica com tantos outros ainda assim.

Mais Tocadas

1. How Big, How Blue, How Beautiful (por Florence + the Machine)

Como que eu falo dessa música, meu jesus. Sem meme, apenas me encontro olhando pro teclado, sem saber o que digitar, apenas sentir, porque isso é How Big, How Blue, How Beautiful. Você sente ela, nos seus ossos, na sua alma, ressoando em cada pedaço seu, vibrando com a própria vida. Eu nunca tive uma interpretação dela, porque ela é realmente apenas sentida. É uma ascensão, é uma libertação, é um céu infinito e tão azul como diz em seu próprio nome - que batiza o álbum também aliás, e merecidamente. Lembro até hoje o primeiro vídeo liberado pra anunciar essa nova era, dá pra sentir os chakras realinhando.

2. What Could Have Been (por Sting feat. Ray Chen)

Eu sei, essa já esteve por aqui (literalmente no primeiro post), mas tem tanto tempo que só uns três de vocês devem ter visto, então acho justo esse replay. E voltou a cair nas minhas playlists mesmo, e toda vez que ouço faço tocar várias vezes. Não resisto a esse violino, ai. Nem a toda a intensa emoção dessa música, né, nem tem como, me perco toda com a rasteira que é “i couldn't care what invention you made me / 'cause i, i was meant to be yours // eu não poderia ligar menos para que invenção você me tornaria / porque era, era meu destino ser seu“. Aquele toque de raiva diluído em dor pela inconformação, por pensar em tudo que poderia acontecer e crescer se não fosse o abandono de alguém que tinha sua vida inteira nas mãos - de alguém que era sua vida inteira. Ia falar “mds como que não usam essa direto em fandoms”, mas procurei amvs usando essa no youtube e tem a rodo (inclusive tem de Amphibia, detestei vagabunda!!). E assim que tem que ser mesmo, como ouvir “i hope you know we had everything / and you broke me and left these pieces / i want you to hurt like you hurt me today and / i want you to lose like i lose when i play what could have been // espero que você saiba que tínhamos tudo / e você me quebrou e deixou esses pedaços / eu quero que você sinta a mesma dor que eu senti hoje e / eu quero que você perca como eu perco quando penso no que poderia ser“ e não pensar nuns cinco relacionamentos conturbados de suas mídias preferidas?

3. pporappippam (por Sunmi)

Vire e mexe eu esqueço que essa música existe, mas adoro ser lembrada de novo, porque é super gostosinha de ouvir! Também adoro a estética lilás/roxinha do mv (que inclusive é o motivo do nome, que significa algo como “noite de tons violeta” (na verdade, tem várias camadas com referências da produção artística coreana de décadas atrás pra captar um tom nostálgico, quem entende inglês vale bastante a leitura)), e o estilo das dançarinas também é marcante. É uma melodia que gruda na cabeça, e bem leve de ouvir, adoro escrever ceninhas casuais com essa tocando.

Ai, quem lembra quando a Siyeon fez cover dessa enquanto tava de cosplay da protagonista de Full Moon O Sagashite? Sim, eu tinha que aproveitar o momento pra comentar dessa, até porque essa escolha de personagem foi literalmente Pra Mim (porque fui bem doida por esse mangá quando mais nova).

4. Goliath (por Woodkid)

Eu já contei a temática desse álbum alguma vez por aqui? Porque sinto que não, e é bom pra verdadeiramente apreciar essa música e esse clipe. O S16 (nomeado com o símbolo atômico de enxofre, principal material lidado pela empresa fictícia que protagoniza este enredo) se coloca em cenário industrial enquanto discute quanta destruição é ignorada por ambição e descaso, e Goliath encara como nos acostumamos a não perceber isso. É o questionamento de alguém que começa a despertar, e se dá conta de que no fundo já tinha percebido, mas fingia que não - e tudo apenas desandou mais, como explicitado em “the more i forgive you, the more it backfires // quanto mais eu perdoo você, mais isso se volta contra mim”. E o mv é exatamente esse caminhar automatizado, prosseguir em uma mesma rota sem pensar sobre ela, e de repente encarar como isso levou a algo perigoso demais. A voz suave do Woodkid ecoando “where are you going, boy? / when did you get so lost? / how could you be so blind? // onde você está indo, garoto? / quando foi que você se perdeu tanto? / como você pode ser tão cego?” no refrão parece que até atinge mais.

(vou confessar que meu principal motivo pra deixar essa em loop (apesar de que sempre deixo né, mas enfim, adicional do momento) é que meio que combina com um subplot que esbocei do possível-próximo-VemAí, e agora a mão tá coçando pra torná-lo real só pra deixar essa na soundtrack)

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