- raposa da lua
- Posts
- #PlaylistDaSemana (01/04)
#PlaylistDaSemana (01/04)
Descobertas da Semana
1. Eunoia (por Billlie)
Uma miniatura com pink Haram, já é pra valer milhões, né?
Belllieves quando os teasers começaram a sair: nossa, vai ser um cb dark!! Sinistro!! A Billlie sendo levada!! Aí Eunoia é uma música super levinha, com outfits em tom pastel, falando sobre amar todos os lados dentro de si. A gente também apostou que a coruja seria um bichinho encrenqueiro, e ela tá cuidando das meninas. Enfim, estar errade faz parte (muitas vezes) de teorizar. Faz parte também que o refrão chiclete seja menção a um termo de informática(? acho? é algum tipo de circuito, me parece informática, mas se for física, sinceramente não seria a primeira vez).
(inclusive, sabemos pra onde tá indo o lore? não mesmo. alguns falam de cada comeback ser uma dimensão diferente, e portanto estamos vendo os mesmos acontecimentos de outra maneira (tal qual ver Peter Parker perder o tio Ben por todo o aranhaverso), enquanto outros veem essa versão mais alegre e leve como elas mesmas revisitando a perda e se perdoando pelas ações que levaram a não estar com a amiga perdida quando ela sumiu, mas quem sabe? belllieves que não)
E, sério, que música gostosinha! Inclusive fez o que Billlie geralmente faz comigo: ouvi a primeira vez, pensei “ah, okay, legal”, mas no dia seguinte tava cantarolando sem perceber e já querendo ouvir de novo. Totalmente viciada e nem foi por causa das sessões de streaming, minha mente simplesmente flip flop e heartbeat, heartbeat! das ideias.
2. Never in Vain (por LUCY)
Música de sprint! E foi uma disputa acirradíssima, porque Moon&Back também me cativou demais (literalmente mandando “oh??” no chat com ambas quando tocaram pela primeira vez), mas acho que no final das contas essa acabou me ganhando um tiquinho além. Posso colocar em loop muito facilmente por horas, nossa, esse instrumental?? Tá de brincadeira?? Quando o violino sintetizado bate dá vontade de quebrar alguma coisa de tão bom que é.
Queria falar mais, mas só fico !! enquanto a música tá tocando, é isto.
3. Vision (por La Poem)
Tecnicamente é música de sprint também, mas vou deixar passar porque o youtube também me recomendou e eu clicaria. Não é todo mundo que pode bancar um cover de Deukae, e fiquei curiosa também de que tom eles dariam pra essa música. E foi algo um tanto mais melancólico, e eu até brinquei que seria a “versão ending do anime”, mas a Cambs arrematou com a definição perfeita e que acampa na minha mente toda vez que ouço: trope de amigos/amantes a inimigos. Quando você tem que ser o karma de alguém que já conheceu bem demais. Alguém por favor escreva isso e jogue essa música no grande confronto, iremos ascender.
4. NUGUDOM (por Craxy)
Pra quem não tá acostumade com os termos de kpop, “nugu” é como as fanbases internacionais se acostumaram a chamar grupos pequenos que ainda não tem muito reconhecimento do grande público. Sinceramente, se você tá procurando música boa, é aí mesmo (ou de quem começou aí) que você deve procurar, mas muita gente passa batido ou mesmo ignora essa realidade - porque importa mais pro ego acompanhar grupo com milhões de views do que a música em si. Adoram pedir coisa diferente, concepts novos, mas nunca saem da mesma bolha das grandes empresas, vão achar como?
Então, Craxy anunciou esse comeback como um comentário sobre isso, sobre como deixam grupos de lado simplesmente por serem de empresas pequenas e não acreditarem em seu potencial. A letra toda tem esse tom determinado, mesmo que admita medo e incerteza em alguns momentos, se mostra decidida a permanecer em seu próprio caminho e deixar sua marca - e elas afirmam que vão fazer isso, sem dúvida. Icônicas, sinceramente (e a música é ótima, provando seu ponto na prática).
Mais Tocadas
1. Never Go Back (Synthesis) (por Evanescence)
Vocês já ouviram o Synthesis? Tem algumas músicas novas nele, mas a maior parte desse álbum é uma reorquestração de faixas de álbuns anteriores do Evanescence. Já ouvi que são as versões que a Amy Lee realmente queria para as músicas (Bring Me To Life pelo menos eu sei que é), mas não vou afirmar. A questão é: são músicas antigas em versões novas, e sinceramente tem algumas incríveis aí. The End of the Dream conseguiu se tornar ainda mais preferida depois dela, nem sabia que podia amar mais essa mas amo.
Mas por algum motivo, eu não salvei Never Go Back na época que ouvi?? Juro que não entendo, essa música ficou ainda mais épica, e olha que sou viciada na original. Sei lá, às vezes a eu do passado é meio doida mesmo. Sorte que por algum erro (ou benção) do algoritmo, foi ela que caiu quando pedi pro bot do discord tocar, e agora estou me redimindo dos meus erros.
Uma curiosidade sobre essa música é que ela foi inspirada em notícias sobre um tsunami (de repente “the only world i've ever known sleeps beneath the waves // o único mundo que já conheci dorme submerso nas ondas” faz muito sentido, né?), e portanto retrata a perda de alguém importante em meio a uma grande tragédia. Tenho vontade de escrever uma história sobre duas pessoas separadas por algum evento natural e talvez mágico e que se procuram baseada no que esses versos contam, quem sabe algum dia a inspiração bata.
2. Taste (por Sleeping at Last)
Isso aqui na verdade é um pedido de desculpa. Como pode que eu deixei essa de fora no post que falei sobre músicas de SaL?? Okay, todas as que estão lá mereceram o destaque, e eu literalmente usei essa como conclusão, mas, ai. Como que pode!
Então, depois de eneagrama e planetas do sistema solar, um outro agrupamento que SaL usou em suas composições foi os sentidos. Essa é a música do paladar, e a letra toda evoca a imagem de refeições, como elas são parte essencial da nossa cultura e o quanto de felicidade há nelas. Há todo um simbolismo de cura em meio à reunião inevitável da mesa - até porque, a comida reconstrói nossos corpos, então por que não remendar relações? - e como tantas tradições são passadas para frente em receitas de família - e quanto nós acabamos deixando nosso toque pessoal nelas, “sacred text on post-it notes // texto sagrado em anotações em post-its”. Essa música é uma celebração, porque comer é celebração. Ela também é o polo oposto de Touch, que fala sobre se sentir alheio a tudo e todas as sensações, então ela já começa afirmando “i am alive. i am awake. // eu estou vive. eu estou desperte.” - e me arrepia toda vez.
3. Hollow Bastion (por Project Destati)
Tava com saudades de mandar PD por aqui, verdade. E confesso que me tornar tão apegada ao tema de Hollow Bastion me foi meio surpreendente, porque é um mundo que não me chama tanta atenção no jogo (apesar que gosto pacas da parte dele que aparece em BBS), e nunca tinha parado pra sentir de verdade a melodia que o acompanha. E olha que a gente passa um bom tempo indo e voltando nele no II (que foi o título que mais tempo passei jogando), mas talvez seja por isso mesmo.
O que me puxou primeiramente nessa versão do Project Destati foi como conseguiu contar muito bem a história longa desse lugar. Originalmente chamado de Radiant Garden e lar de muita prosperidade e avanços científicos, esse mundo acabou tomado pela escuridão e se tornou quartel general de alguns dos vilões principais (e nesse momento já era chamado de Hollow Bastion), inclusive sendo palco de lutas decisivas em KH I. Depois de alguns confrontos e muito esforço da galerinha do bem, ele foi gradualmente retornando ao que era, até mesmo trazendo de volta o nome original. E ouvir essa melodia dá exatamente essa sensação, toda a glória e o brilho original ecoando para logo depois se perder, e como consegue se reerguer ao que a música vai findando. Cinema poético, namoral.
Reply