#PlaylistDaSemana edição Spotify Wrapped

Fala, galera! Como ficou o Spotify Wrapped de vocês? Concordaram, discordaram, se surpreenderam? Confesso que esse ano foi o que menos contestei o que meu resultado apontou, e aí tive a ideia de fazer a playlist de hoje baseada no top 100 que ele me deu. Foi horrível escolher só 10, quase me convenci a fazer um segundo post com mais algumas, mas por hora chegamos nessa listinha - e que, sinceramente, ficou uma amostra muito boa do que eu ouço no dia a dia.

1. Dark Dream (por E'last)

Essa aqui tinha que vir primeiro porque é a rainha suprema. Se você ainda não conhece essa obra de arte, por favor, para o que tá fazendo e vai ver esse mv - e sim é importante também ver o mv, tem um aesthetic maneiro, as roupinhas são lindas e a coreografia é sensa (as cordas!! perco tudo toda vez!!). "ah mas eu não gosto de kpop/não ouço boygroup" DANE-SE, essa vai ser sua exceção. Confia.

Aliás, E'last merece apreciação sempre. Tear of Chaos é outro icone supremo, e eu até achei que eles não fossem superar, e aí voltaram com Dark Dream. Panfleto eles sempre que posso mesmo sem ser stan porque merecem demais. Imagina servir um vocal desse com uns instrumentais épicos e a galera dormir nisso!! Couldn't be me!!

2. Hot & Heavy (por Lucy Dacus)

Álbuns que um amigo me indicou há mais de um ano e até hoje to devendo - não é nada pessoal, é meu jeitinho mesmo. E nem dá pra dizer que foi por eu não ter curtido a música que ouvi dele, porque olha ela aqui!

Desde que encontrei Hot & Heavy, eu sempre repetia várias vezes toda vez que tocava. Passei um tempinho sem escutar porque por algum motivo o aleatório parou de cair nela, mas foi rever no top 100 que fiquei "ah, você!! que saudades!!". A voz suave da Lucy pode te enganar, mas, quando você começa a prestar atenção na letra, leva uma voadora no peito. Essa música é aquele momento em que você pisa na sua cidade natal depois de muito tempo sem ir lá e pensa em como tudo tá diferente, só que esse tudo não é a cidade, mas você. E você sempre foi diferente, na real, e você sabia disso mesmo sem saber, mesmo sem ter as palavras certas para entender. É pensar em quantas memórias você tem ali, e como você cresceu muito além desse lugar.

O resto do álbum é bem nessa vibe coming of age, inclusive. Sim, eu sei disso mesmo sem ouvir, porque (além de ter ouvido algumas outras tracks) fiquei lendo sobre e já li quase todas as letras em algum ponto. Eu não ouvi não por falta de interesse, só não Parei E Sentei Pra Ouvir (até porque to desacostumada com álbum com 10+ faixas, até os de 5 eu enrolo). Sim, sou doida, achei que já fosse claro.

3. In Hell We Live, Lament (por Mili feat. KIHOW from MYTH & ROID)

Eu não sei em que momento ou porque Mili caiu nos recomendados do youtube pra mim, mas não reclamo, porque curti todas que ouvi até agora. É meio zoado dizer isso quando as letras são basicamente um monte de vidas trágicas, mas as melodias são ótimas e super dão uma vibe pra escrever. Considerando que tem algumas usadas de soundtrack em jogos e animes, não sou a única que pensa isso.

Não vou resistir a também indicar Salt, Pepper, Birds, and the Thought Police, Skin-Deep Comedy e Victim (essa aqui Muito minha xodózinha), mas IHWLL mereceu o lugar que ganhou porque sem dúvida escutei ela demais esse ano. Foi a primeira que ouvi do grupo, se não me engano, então me fez confiar que ia gostar do que mais os recomendados me jogasse. Aquela bridge no finalzinho, com cada parte da dupla declamando algo diferente, e aí se unem no último refrão enquanto no fundo começa a ecoar um coro em latim? Cinema poético. A letra dói na alma, mas detalhes.

4. The Letter (por ATEEZ)

Claro que ia ter Ateez aqui, a única dúvida era com qual. Por pouco não foi Light, e Precious tá quase pedindo música no Fantástico pelas batidas na trave, mas o espaço acabou ficando com essa aqui, porque sinto que ela acaba sendo relegada muitas vezes quando comentam sobre b-sides desse grupo.

Não que eu tenha me rendido de cara pra ela, vou admitir. Quando o Fever Epilogue saiu, Be With You me pegou pela garganta e eu passava tardes inteiras só nela (inclusive também entrou no top 100). Mas aí, conforme isso foi amainando, e eu fui ouvindo mais casualmente... Não vou saber dizer quando The Letter se tornou tão especial, mas ela é assim mesmo, aquele afeto que você não percebe se instalando e de repente você só pensa "nossa, como adoro que isso exista". E combina com a música em si, porque ela é esse momento gostosinho que você olha pro seu grupo de amigos em algo completamente casual e pensa que tá feliz com isso.

E os meninos ainda entregaram esse vídeo adorável que cura onde dói (intensifies, porque a música já faz esse serviço). Apenas eles sendo adoráveis e num cenário de Natal já que foi postado por essa época, e eu dou um gritinho toda vez que San aparece dentro da caixa porque sou esse tipo de fã, fraca demais pra momentinhos fofos.

5. My Dark Disquiet (por Poets of the Fall)

Poets of the Fall já é um velho conhecido meu, desde o dia que viciei em Carnival of Rust - inclusive, essa é uma menção meio engraçada, porque eu comentei sobre essa música quando a encontrei na época que tinha um blog com uma coluna bem parecida com essa sessão da newsletter. Não que eu tenha ouvido muito além disso por anos, mas depois cheguei a checar alguns álbuns. Não todos, claro, então sempre tem coisa nova que pode entrar no meu radar.

Algumas faixas do Ultraviolet e do Ghostlight foi o que youtube me trouxe pelos meados desse ano, e My Dark Disquiet grudou na minha cabeça e não quis sair mais. Ouvia ela em loop sempre, que nem Requiem for my Harlequin. Inclusive, aparentemente ela é conectada ao jogo Control, que parece bem maneiro mas meu pobre notebook não ia aguentar nem por reza brava, então deixemos pra depois qualquer comentário sobre a jogabilidade.

6. Flavor of Life (por Utada Hikaru)

Primeiramente incomodada com esse vídeo aleatório quebrando a estética do post, mas simplesmente não existe outro que tenha essa versão de Flavor of Life?? A versão ballad é ótima também, mas é absurdo que não tenha nada postado com a original??

Enfim, reclamações à parte. Utada Hikaru faz parte da minha vida há um bom tempo, visto que elu canta as openings de Kingdom Hearts - dia desses tive que escolher uma música que marcou minha vida, e depois de muito sofrer porque plmdds uma só?? acabei me decidindo por Sanctuary, e foi uma escolha bem justa. Flavor of Life não faz parte de KH, mas a minha mente ainda assim associa? Talvez porque uma das minhas fics formativas (e que era de KH) usou ela em um de seus capítulos finais. Ainda assim, demorou uns bons anos pra que eu incorporasse ela a minha playlist, mas não saiu mais desde então. Ela me transmite uma emoção forte que não consigo nomear, mas é um misto de nostalgia e confronto - o que, inegavelmente, é uma vibe bem KH.

7. After the Bloom (alone) (por GWSN)

Outro grupo injustiçado por demais, porque apenas serviu e serviu pra morrer na praia (tecnicamente, ainda não morreu, mas tá respirando por aparelhos semi-desligados). Desde o debut elas começaram ótimas, o lore parecia bem interessante e as b-sides são adoráveis, mas a galera ainda dormindo. Que sono pesado, viu.

Mas enfim, sobre coisas boas! The Keys é um álbum bem gostosinho, tenho todas as músicas salvas mesmo que não sejam Wow Faves, mas After the Bloom me pegou de jeito - e não largou até hoje. Tem algo na sonoridade dela que ativa as sinapses certas da minha cabeça, é simplesmente agradável demais de ouvir. A letra também é ótima e bate com vontade, indagando sobre crescer e se está pronta para isso, temendo se tornar alguém diferente demais depois que "florescer".

8. Dragonsong (from Final Fantasy XIV) (por Susan Calloway & Nobuo Uematsu)

Considerando a minha proximidade com certo jogo da Square Enix, não é surpresa youtube me mandar soundtrack de Final Fantasy. E eu procuro às vezes algumas, além dos canais de cover, enfim. Mas Dragonsong definitivamente me puxou a atenção, e eu cheguei a passar umas boas horas da madrugada na wiki tentando entender melhor a letra porque tava cismada em escrever algo com ela. Ainda não consegui apesar de existir um rascunho de ideia pra uma fic, mas seguimos tentando. E, bem, mesmo que não inspire nenhum épico, esse vocal magnífico e instrumental lindíssimo ainda vale muito ser apreciado.

9. La Luna (por Weeekly)

Então, sabe quando uma música te encanta totalmente, mas você não sabe dizer o porquê? Pois bem, quando me ouvirem dizer que La Luna é uma das minhas b-sides favoritas de Weeekly, saibam que é por isso. Ela é sensa, okay, não to desmerecendo, mas a questão é que eu sei explicar porque adoro Memories of Summer Rain ou Check It Out. La Luna só bastou existir e me derrubou. Talvez por sempre me sentir ligada a qualquer coisa com lua? Talvez algo na letra de yearning e "muito pra falar mas guardo aqui comigo" me cutuque? Quem sabe. Mas não deu pra contestar ver essa no top 100 porque eu realmente ouço bastante.

10. Hand of Sorrow (por Within Temptation)

Uma pergunta muito séria é como raios Within Temptation ainda não tinha dado as caras por aqui. Eu sei que tenho ouvido menos do que já ouvi (até porque tem um álbum inteiro que eu ainda nem chequei, só olhei de longe), mas WT tem lugar reservado na minha vida desde a primeira música. É um grupo que, se você quer conhecer o que gosto de escutar, pode olhar pra ele e já vai ter sua resposta. E ajuda Muito a escrever, vai por mim (inclusive, uma vez fiz um levantamento de quantas vezes um artista aparecia na soundtrack das minhas histórias, e WT levou de lavada junto com Skillet).

Mesmo quando a música não encaixa exatamente em alguma história, a vibe dela vai complementar bem. É o caso de Hand of Sorrow, que até o momento eu ainda não conectei a nenhum lugar (apesar de querer), mas já desenvolvi muita ideia enquanto deixava ela tocando repetidamente. Você sente todo o peso emocional do dilema que a letra passa, o quanto qualquer movimento teve e terá consequências grandiosas, a magia que corre na pessoa que o eu lírico narra sobre.

[bônus] Swimming Home (por Evanescence)

Opa, roubei um pouquinho aqui, mas se o Spotify pode mandar 100+1, eu também posso fazer 10+1 pra honrar! E não tinha como deixar o artista mais ouvido do ano de fora, né? (pois é, as sessões nostalgia surtiram um forte efeito e conseguiram jogar Evanescence pro primeiro lugar, derrubando até meus kpop de todo dia. minha eu de 12 anos felizaça)

Difícil foi escolher qual entraria aqui. Never Go Back e Disappear disputaram forte, mas acabei decidindo pela que já ia vir pra postagem mesmo se não fosse essa versão. Swimming Home tem tocado bastante essa semana, e já ia falar sobre ela aqui, então acho justo. Por algum motivo, eu sempre tenho a visualização nítida de alguém caindo por entre nuvens toda vez que ouço ela. Mas não é uma sensação ruim, sabe? Dá a sensação que a letra carrega, de estar sendo chamado e se deixar levar. Só chamei de queda porque é a direção da "ação", mas sinto como algo suave, impossível de parar mas ainda assim suave.

Sim, vocês assinaram essa newsletter pra ver narração de cenas extremamente específicas que certas músicas me dão e que desafiam a física e a lógica. Faz parte.